Jornalismo Gastronômico

Os blogs analisados foram: 
Cozinha Pequena, Diga Maria, Gordelícias e Sabor no Prato.

E os jornais foram:

Folha de São Paulo, Estadão e Zero Hora.

Blogs culinários

  













Analisamos blogs que  têm um lado mais jornalístico, pois suas receitas são acompanhas de uma matéria interativa, que faz perguntas retóricas ao leitor, tenta fazer com que ele remeta a comida exposta a alguma lembrança, possui fotos e vídeos e páginas em redes sociais. A linguagem é informal.

Esse tipo de blog é voltado principalmente para o público feminino, percebemos isso no espaço dado ao público para fazer comentários que em quase todos os casos é feito por mulheres. Isso acontece mesmo quando o blogueiro ou um dos blogueiros é um homem, como é o caso do blog ”cozinha pequena”.

Na nossa análise incluímos também um blog de receitas vegetarianas, que tem como público às pessoas adeptas a esse tipo de alimentação, que é o “Diga Maria”, a blogueira expõe  receitas que em sua versão original possuem carne em sua composição e a substitui por outros ingredientes.

O apelo que esses blogs fazem através de seu layout e das imagens das comidas é fortíssimo, funcionando como o título no caso de uma matéria jornalística.  A imagem tem que chamar bastante atenção para que o leitor se interesse pela receita e a leia até o fim.

Gastronomia em Jornais

Os jornais também oferecem um espaço para culinária, porém nestes casos as receitas vêm acompanhada de matérias informativas, menos interativas. E a linguagem, às vezes, é um pouco mais formal do que a utilizada na maioria dos blogs. Uma semelhança é a presença de imagens nas receitas.

Em alguns jornais possui colunistas que são responsáveis por diferentes áreas gastronômicas e da presença da culinária em eventos famosos, geralmente ligados à cultura.

Como não poderia ser diferente, nós (pois, esse trabalho foi feito em trio,) preparamos uma recita deliciosa para que vocês possam fazer e comer bastante em casa. Lá vão os ingredientes:

Torta Salgada

Para massa:

3 ovos

1 xícara de óleo

1 xícara de leite

2 xícaras de farinha de trigo

sal a gosto

1 colher de chá de fermento

Para o Recheio:

1 cebola picada

1 tomate picado

1 lata de milho verde

1 lata de ervilha 

coentro

1 peito de frango desfiado

orégano.

Modo de Preparo:

Bater todos os ingredientes da massa no liquidificador.

Coloca a metade massa numa forma untada com margarina e farinha de trigo, depois todo o recheio e o restante da massa.

Deixa no forno com temperatura de 180º aproximadamente 30 minutos. E voilà!  

Rende 15 fatias

 Post feito por: Andreza Cristhina, Graziela França e Isabelle Santiago.

 Referências Bibliográficas

http://cozinhapequena.com/

http://digamaria.com/

http://gordelicias.biz/

http://www.sabornoprato.com/

http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/gastronomia/

http://www.estadao.com.br/paladar/

http://www1.folha.uol.com.br/comida/.

Como é composta uma notícia?

A notícia possui uma estrutura voltada para chamar a atenção do público.
A mensagem jornalística é composta por: Título, subtítulo, lead, olho, janelas, imagens e a notícia em si.

Capa da revista Veja de julho de 2013.

Manchete- É o título da principal notícia de uma edição de jornal ou revista, vem sempre na primeira página com grande destaque.

A manchete acima além de conter destaque no título possui uma imagem que está de acordo com ele.

Título- É um resumo da notícia que deve ser de acordo com a angulação que o jornalista pretende dar, deixando-a mais atrativa e fazendo um apelo visual, emotivo, inusitado ou utilizando artifícios linguísticos.

Título que chama atenção por se tratar de algo  inusitado.

Lide (Lead)- É o primeiro parágrafo de uma notícia/reportagem, ou seja, a introduz, geralmente contem de 4 a 5 linhas e busca responder as seguintes perguntas: quem?, por quê?, como?, onde?, quando? e o quê?
O lead deve prender o leitor através da curiosidade, emoção, das dúvidas, da polêmica, etc.

Lide que contem as respostas das seis perguntas citadas anteriormente.

Angulações de massa

Os principais tipos de angulação de massa, são: As pitorescas, as exóticas, as emocional e as opinativas.

Angulação pitoresca- Procura a chamar a atenção através de aspectos esquisitos, como um título ou imagem inusitados, fazendo com que o leitor/telespectador sinta-se curioso.

Título e fotos mostram algo incomum, que é a questão de crianças ensinarem seus próprios colegas de classe.

Angulação exótica- É algo incomum, algo que o público desse canal não está habituado a ver.

Uma notícia exótica, pois traz como opção de alimento algo que a cultura brasileira não considera como tal.

Angulação emocional- É usada com a intenção de emocionar o público, contém uma apelação que leva o seu público a se sentir triste ou feliz.

Esta imagem e título buscam emocionar, para que o público tenha interesse de ler toda a reportagem. 

Angulação opinativa- Este tipo de angulação mostra a opinião do jornalista, vai depender muito da sua linha editorial também.

Capa da edição de agosto de 2013 da revista Veja mostra claramente a posição da revista com relação aos Black Blocs.

O jornalista tem o dever de revelar sua fonte?

Ouve-se falar muito da relação do jornalista e sua fonte, e é através dela que  acontecem os maiores furos que um repórter pode encontrar.

Um filme que retrata bem essa relação é "Nothing but the thruth"(Faces da verdade em português). 
O filme conta a história de uma jornalista que trabalha no jornal Sun times, Rachel Armstrong, que se negou a revelar sua fonte após ter revelado a identidade de uma agente da CIA que havia descoberto que a Venezuela,país alvo dos EUA no filme, não tinha relação com os ataques sofrido pelo país, mesmo assim o presidente ordenou ataques aéreos. Querendo saber quem foi o informante da jornalista o FBI manda o investigador Patton fazer uma grande investigação e para forçá-la a revelar sua fonte, como ela se recusa paga um alto preço.
O filme é baseado em fatos reais, mas deixa bem claro que é uma obra fictícia e possue vários aspectos que não aconteceram no caso real.

Na foto, a jornalista Rachel e o investigador Patton.

Mas, será que o jornalista tem o dever de revelar sua fonte?

Em alguns casos, se a fonte for de grande credibilidade e o assunto não for um grande segredo que coloque a vida de alguém em perigo, anunciar a fonte é até bom para o jornalista, alguns casos de fontes oficiais (políticos, empresários, líderes religiosos, assessores de imprensa de grandes empresas).
No entanto em outros casos, o jornalista deve ter cuidado ao revelar um furo, pois tem que arcar com as consequência de não revelar sua fonte, que nestes casos muitas vezes são não-oficiais (sindicatos, ONGs, pessoas anônimas), pois assim a expõe a sérios riscos.
No caso do filme, a jornalista foi presa e foi bastante prejudicada por não revelar sua fonte.

No Brasil, um jornalista que não quiser expor sua fonte, tem o direito constitucional, garantido pela Constituição Federal e isso não acarretaria em pena para ele.

A relação do repórter e sua fonte deve ser algo em que somente os dois estejam envolvidos, se é necessário que haja sigilo, assim seja.  Além de direito é uma questão ética.

Sequência narrativa e tipos de personagens.

Aparece muito em narrações ficcionais, geralmente por ordem cronológica, que é a ordem exata em que ocorrem os fatos.
No entanto, no caso de muitos artigos jornalísticos é necessário que a ordem utilizada seja a de importância que, ao invés de usar a ordem cronológica dos fatos, apresenta do fato mais importante para o menos importante.

Ordem cronológica
Fonte: Jornal da manhã

Ordem de importância
Fonte: Uniper.

Já com relação as personagens, podem ser: planas ou esféricas

Personagem plana: É aquele que é definido com bom ou mau e assim permanecerá, sendo
um inimigo e combatente do outro.

Os vilões da disney da foto acima, representam personagens planas, pois são sempre maus.

Personagem esférica: Neste caso, não há uma divisão de bom ou mau. Ao contrário da personagem plana, este possui outras faces que não se restringem somente ao fato de ser do bem ou não.

Os heróis de HQs e desenhos são personagens esféricos, pois têm seus momentos de alteração de personalidade, humor.

Angulação

A angulação está presente sempre na vida de um jornalista, já que é o enfoque que o pauteiro, editor ou repórter dá a uma certa notícia, essa angulação vai variar de acordo com vários itens, como: A linha editorial do jornal, o público destinado, de que maneira quer atrair o leitor/espectador, entre outros.

Ela encontra-se divida em níveis de comunicação, que podem ser: de massa, grupal ou pessoal.

Angulação de massa é voltada para o interesse coletivo, sobrepondo-se ao do grupo. É uma angulação voltada para o gosto médio, influenciando o próprio conteúdo da matéria. As matérias com angulação exótica, pitoresca ou de apelo emocional~, são voltadas para esse público.
Um exemplo pode ser uma matéria que com uma imagem procura emocionar o público ou chamar a atenção.

Angulação grupal É voltada para um público alvo, seu estilo e formato são produzidos com essa intenção. É muitas vezes sutil, no entanto sempre  voltada para o grupo que é destinado, encontra-se muito presente nos editoriais e artigos assinados.
Um jornal, revista, site que possui uma linha editorial voltada para direita  produzirá o que for interessante para a direita.

Angulação pessoal É baseada, principalmente, na visão do repórter, com um estilo e formato próprio dele, onde ele possui mais liberdade.
É mais comuns em blogs tidos com independentes.

A pauta é a principal condutora da angulação e encontra-se ligada ao gênero jornalístico que é utilizado por aquele determinado meio de comunicação.

A edição é uma outra forma muito utilizada de para dar angulação à matéria, onde o editor determina qual o enfoque deve ser dado para que a matéria atinja o público necessário e que seja de acordo com a linha editorial do veículo de comunicação.

Reações não-verbais positivas e negativas.

Além de nos comunicarmos verbalmente, podemos fazer o mesmo somente com gestos e expressões corporais. Essas reações podem ser negativas ou positivas:

No primeiro boneco a reação que demonstra ser negativa, são os braços cruzados, sem riso e olhar baixo. Já no segundo boneco acontece o inverso, braços, mãos e olhar abertos e um grande sorriso.

Exemplos de função Referencial e Emotiva

Função Referencial:
Exemplo: 

Nível do sistema Cantareira cai para 8%

O nível acumulado de água no Sistema Cantareira, que abastece a população da Grande São Paulo, cai para 8,4%, segundo Sabesp. Só neste mês, o reservatório perdeu 2,1 pontos percentuais de sua capacidade, e na região chove pouco.

Neste trecho de reportagem a intenção é informar sobre a situação do sistema Cantareira.

Função Emotiva:

Exemplo:

Boa nova!
Arena corinthians é inaugurada!

Faltando cerca de 30 dias para a abertura da Copa do Mundo da FIFA, a Arena Corinthians,  foi inaugurada na zona leste de São Paulo. O estádio contou com cerca de 20 mil corintianos que foram prestigiar o primeiro jogo no primeiro estádio do clube após 103 anos de história.

Funções da Linguagem

Podemos nos expressar e comunicar através de seis funções básicas da linguagem, são elas:

Função Referencial: Diz respeito ao emissor transmitindo uma informação objetiva da realidade, com a função de informar.

Função Emotiva: Quando o emissor transmite suas opiniões ou sentimentos por meio da mensagem que está enviando.

Função Fática: É o teste que o emissor faz para saber se a mensagem está chegando ao receptor.

Função Poética: Evidencia a mensagem, é usada principalmente em obras literárias.

Função Conativa: É usada com intenção de convencer o interlocutor a algo, tem objetivo de influenciar o receptor.

Função Metalinguística: É quando se utiliza o meio para falar dele mesmo, escrever sobre o que é escrever, por exemplo.

8 itens importantíssimos a serem respeitados para ter um bom texto

Aqui seguirão oito importantes tópicos que devem ser respeitados para que seu texto fique realmente bom, são eles:

Redundância- É a repetição da informação, possui caráter positivo quando se trata da informação, o sujeito só compreende uma informação nova por vez, ou seja, é necessário que haja redundância na informação para que ela seja compreendida..

Exemplo: Carlos (informação conhecida, redundante) comprou uma passagem para Londres (informação nova).

Motivação- O emissor é motivado por alguma coisa a se comunicar com o receptor.

Exemplo: João(emissor) falou com Antônio(receptor), pois estava se sentido incomodado com determinadas atitudes dele(motivação).

Entropia-É definida como uma forma de medir a quantidade de informação, neste caso, a entropia é a medida do grau de desorganização em uma informação.

Exemplo: Quando Kelly estava indo, encontrou Mateus na volta.

Informatividade- Pode ser definida como a capacidade que o emissor tem em defender um ponto de vista, o conhecendo bem, sendo capaz de argumentar sobre ele. A palavra-chave deste termo é justamente a informação que o emissor possui e que pretende passar ao seu receptor.

Exemplo:

 Casos de leptospirose aumentam com enchentes no Norte

Aumentou em 23%, nos meses de janeiro à março, os casos de Leptospirose nos estados do Acre, Amazônia e Rondônia, devido as enchentes que vem afetando estes estados. A vigilância sanitária adverte que os moradores façam o possível para não entrarem em contato com a água das enchentes que muitas vezes encontra-se contaminada. 

Coesão- É a conexão que deixa um texto harmônico, ela é responsável pela harmonia que há de uma frase ou parágrafo a outro, dando continuidade, fazendo com que o texto seja mais "fácil" de ler.

Exemplo: São Paulo encontra-se em crise com relação ao abastecimento de água que é feito pelo Sistema Cantareira. A terra da garoa torce para que chova o suficiente para que seja possível armazenar água em tal sistema.

Coerência- A coerência é a relação lógica entre as ideias de um texto, fazendo com que não haja contradição, a coerência que é responsável por encaixar as peças que formam o texto. Incluindo fatores, como: conhecimento prévio e intertextualidade, principalmente. 

Exemplo¹- Não havia estudado para prova, logo tirou a nota mais alta da classe.

No Exemplo acima podemos notar a incoerência da frase, pois o segundo período contradiz o primeiro.

Exemplo ²-  As pessoas da Etiópia passam fome devido e à desigualdade e pobreza de seu país.
Já este exemplo mostra-se coerente, pois une os dois períodos.

Situacionalidade- Diz respeito aos elementos que tornam o texto relevante para o receptor, todo texto deve ser destinada  a um certo contexto.

Exemplo: Em um Jornal popular...
Ora, meu Caro patriarca! Não procrastines a fatídica notícia que deve ser dada. 
No caso acima, percebemos que se este é um jornal local deve conter termos que sejam da língua coloquial, falada, o que não foi feito no caso.

Aceitabilidade- Está ligada ao receptor compreender e aceitar todo o significado que contém no texto.

Exemplo: No inverno Suíço podemos presenciar pessoas com muitas vestimentas de frio.
O exemplo acima é aceitável, pois possui coerência e permite que o receptor compreenda o significado do texto